Monday 22 February 2010

Design Escandinavo: Bruno Mathsson






Bruno Mathsson


Colagem feita com imagens do site http://www.bonluxat.com/d/bruno-mathsson.html

O design nórdico moderno é conhecido e apreciado pela leveza  e elegância  simples porém sólida das formas, o que o torna quase atemporal. É bastante conhecido internacionalmente principalmente na área moveleira.

Com este post pretendo inaugurar uma série visando apresentar alguns nomes do design escandinavo, na maioria suecos, dedicados à criação de móveis e artigos para casa e decoração.

Devo adiantar que sou apenas leiga e amadora no assunto portanto os posts serão meramente informativos, em caráter introdutório, sem nenhuma pretensão analítica. Na verdade  estou apredendo sobre o tema à medida que escrevo.

O primeiro nome a ser apresentado é Bruno Mathsson. Sueco nascido em 1907 (+1988), filho de um marceneiro (Karl Mathsson)  que era mestre na confecção de móveis clássicos, profissão essa praticada na família há já 4 gerações.  Portanto nada mais lógico que o filho seguisse os passos do pai. Assim Bruno aprendeu o ofício desde seus fundamentos adquirindo um conhecimento detalhado e desenvolvendo um sólido "feeling" sobre como trabalhar madeiras nobres. Mas o jovem marceneiro não se limitou a seguir a receita à risca, queria experimentar coisas novas.




As possibilidades que ele descobriu e vislumbrou para o desenvolvimento da forma e função de móveis através do uso de novas tecnologias o fascinaram, sendo o movimento funcionalista sua fonte de inspiração. E nos anos 20 e 30 ele aprofundou seus estudos como autodidata  na área e mais tarde tornou-se ele próprio um dos mais célebres intérpretes e um grande  ícone da escola funcionalista.

O Funcionalismo é uma filosofia na qual o critério do belo e estético é substituído  pelo conceito do útil e funcional, na utilização dos recursos e aplicação das novas tecnologias, e no uso correto dos materiais.

O primeiro experimento prático de Bruno Mathsson dentro do funcionalismo foi a cadeira "gräshoppan" (o gafanhoto - 1931), utilizando a técnica "bent wood" na qual  a madeira é dobrada em forma de arco (em português creio que se chama "técnica de arco").

O hospital de Värmano, sua cidade natal, é que tinha encomendado a cadeira para a sala de espera, mas ela foi considerada tão feia que acabou  no depósito da instituição:). E foi o pessoal do hospital quem a batizou  com o nome de   "o gafanhoto". A ideia inovadora era criar um assento confortável sem utilizar  molas ou estofados.




Poltrona "O Gafanhoto" 1931 (imagem copiada do site http://www.mathsson-fonden.se/professor.htm).
Eu bem que queria uma "feiúra" dessa aqui em casa:)... mas isso foi bem lá no passado, agora esta poltrona é um must:)

Seu reconhecimento internacional como designer de móveis ocorreu em 1937 numa feira em Paris. Suas peças despertaram admiração e entusiasmo e a partir de então passaram a ser consumidas no mundo todo.

Alguns exemplos de sua produção:


 
Poltrona Pernilla 2 1944 (foto do site: http://www.nordicmobler.com/pernilla/)
 


 
Poltrona Pernilla 3  1944 (foto do site: http://www.bonluxat.com/d/bruno-mathsson.html)

Muitos dos móveis de Bruno Mathsson levam nome de mulher (Pernilla, Anna, Annika, Eva, entre outros). É como se ele visse a essência feminina revelada nas formas curvas e ondeadas da madeira envergada. 

Suas criações foram premiadas não apenas por suas linhas orgânicas e vivas, mas também pela ergonometria das formas. Já foi dito sobre sua poltrona Pernilla que é uma das cadeiras mais confortáveis na qual alguém pode sentar-se. Eu ainda não tive a oportunidade de conferir:). 

A busca pela perfeita ergonometria era uma obsessão  para Bruno Mathsson. Uma vez ele sentou-se em um monte de neve para depois observar o molde produzido pelo seu corpo,  numa tentativa de encontrar a forma mais confortável para seus móveis.



 


Pernilla 2 com banqueta para os pés (foto do site: http://www.nordicmobler.com/pernilla/)








 



 
Banqueta Anna 1945 (http://www.bonluxat.com)


 
BM 65  1965 imagem do site http://www.bruno-mathsson-int.com



Aqui a genial mesa  de jantar dobrável  projetada em 1935 que quando fechada mede apenas 23 cm e quando totalmente aberta 2,80 m (com tamanhos intermediários de 87 , 151 e 215 cm). Colagem feita com imagens do site (http://www.bonluxat.com/d/bruno-mathsson.html)

Outros exemplares  podem ser  vistos  aqui  e aqui

Saturday 20 February 2010

Apenas algumas tulipas

Embora ainda demore para podermos  apreciar a beleza das tulipas nos jardins, a "estação das  tulipas" já está a todo vapor. Como flores de corte  é no mês de fevereiro que elas são mais abundantes,  sendo encontradas nas floriculturas e supermercados de todo o país.

Eu comprei um pequeno bouquet para alegrar e dar cor ao final de semana. E  fiquei  tão encantada com a intensidade das cores que decidi tirar fotos  e fazer este post,  apenas para compartilhar a magia colorida e vibrante desta obra prima da natureza, que enche os olhos e embevece a alma.

 


 ... aqui já um pouco mais abertas ...

Tuesday 16 February 2010

Suécia tradições e contradições VI - terça-feira gorda e "semla"

 O frio é um perigo. Sinaliza para o cérebro que o corpo necessita acelerar o processo de acúmulo das reservas de energia, ou seja gordura, e isso redunda num apetite aguçado. E haja gulodice. Comer, comer mais um pouco e comer um pouco mais é a ordem do dia, ou melhor da estação .... ou será do general inverno:)? E de preferência alimentos ricos em conteúdo energético.

E é neste cenário tão propício ao pecado da gula que se insere uma tradição gastronômica que é uma verdadeira bomba calórica: a “semla” (no plural semlor), que é um pão redondo temperado com cardemomo e recheado com creme de amêndoas e um “top” de creme chantilly.



O nome deriva do Latin ”semilia”, que era a palavra usada para designar a mais fina farinha de trigo ou semolina. Embora a semla tenha nascido na Roma antiga, e tenha sido saboreada em quase toda a Europa, é principalmente na Escandinávia que a tradição se mantem. Aqui na Suécia tem até uma academia, a Svenska Semleakademin, dedicada a essa iguaria.

E ainda segundo a tradição é na terça feira gorda (aqui cabe um adendo: na Suécia não tem carnaval) que a semla tem seu ponto alto. É o dia em que é quase obrigatório saborear esse petisco, que também é conhecido como "fettisdagsbulle" que significa bolinho ou pãozinho da terça feira gorda.  É possível encontrá-la em todos as confeitarias e supermercados do país.

Os mais tradicionais gostam de comê-la em uma tigela com leite quente. Essa combinação é conhecida aqui como “hetvägg” (literalmente, parede quente). Mas acompanhada de uma xícara de chá ou café é a forma mais usual nos dias de hoje.

A semla em sua origem era consumida apenas na terça feira gorda, numa época em que o jejum era uma prática comum. Mais tarde, quando o interesse dos suecos pelo jejum diminuiu, tornou-se tradição comer semla toda terça feira durante um período de 7 semanas, nas quais o jejum era instituído.

Uma outra estória meio folclórica conta que  a semla era no início um pão achatado sem nenhum recheio, e era uma das poucas "gulodices" que se podia comer no período do jejum. Para burlar esta prática espartana as pessoas começaram a fazer buracos na semla e colocar (esconder) algum tipo de guloseima lá dentro. O povo sempre dando um jeitinho:)

Um pouco mais de história:
Após um lauto jantar, encerrado com sua sobremesa favorita um “hetvägg”, o rei sueco Adolf Frederick morreu de indigestão no dia 12 de fevereiro de 1771. Esse acontecimento quase iniciou uma espécie da caça às bruxas em relação a semla, que foi considerada uma das causas da morte do rei. Mas isso não impediu que ela se tornasse uma das iguarias mais populares da Suécia, sendo consumida principalmente de janeiro  até a Páscoa.

E para me incluir de forma mais ativa nesta tradição ontem eu me dispus a preparar o tal petisco aqui em casa. Foi minha primeira tentativa, e acho que não me saí assim tão mal:)
Eis o resultado:






A receita:

Massa:
50 g de manteiga
2,5 dl de leite
25 gramas de fermento para pão
uma pitada se sal
0,75 dl de açúcar
1 colher de chá de cardemomo
1 ovo
500 gramas de farinha de trigo

1 ovo para pincelar

Recheio:

200 gramas de massa de amêndoas
1 dl de creme de leite fresco
2 colheres de sopa de conhaque (opcional)
3 dl de creme chantilly
acúcar de confeiteiro

Como fazer:
  1. Derreta a manteiga, junte o leite e aqueça a 37 graus Celsius (quente o suficiente para aguentar a ponta do dedo)
  2. Esfarele o fermento, junte o leite quente e mexa até dissolver o fermento
  3. Adicione o açúcar, o sal, o cardemomo, o ôvo e a farinha.
  4. Sove bem a massa até ficar bem macia. Deixe crescer coberta, por 30 minutos.
  5. Faça pequenas bolas com a massa e deixe fermentar por mais 30 minutos. Pincele com o ovo.
  6. Asse em forno a 225 graus por cerca de 10 minutos. Tire do forno e deixe esfriar .
  7. Corte uma pequena tampa do pão e reserve. Tire parte do miolo e misture com a massa de amêndoas, e o creme de leite. Caso queira tempere com conhaque. Encha o vão feito nos pães com esta mistura.
  8. Em cima do recheio coloque creme chantilly, depois o tampo de pão e povilhe com açúcar de confeiteiro.

Obs:
Caso não ache a massa de amêndoas pronta, pode faze-la da seguinte forma: Tire a pele e moa bem fino cerca de 200 gramas de amêndoas . Junte 2 dl de açúcar refinado e um pouco de água para obter a consitência de pasta. Usando um processador fica mais fácil.

Monday 15 February 2010

Fazendo blogart

 Achei um site  bem interessante que se chama Polyvore (www.polyvore.com). Aqui você faz colagens para publicar no seu blog, ou no Facebook ou Twitter, com imagens suas ou da web.  Nesta  minha primeira tentativa usei imagens disponíveis no prórpio site.


Test



Test by Luablue

Já nesta composição usei uma imagem minha e outra do site.
bouquet



Sunday 7 February 2010

E viva o sol....


Finalmente um pouco do calor e luz do sol e azul do céu. Estávamos todos já meio amarelados e macilentos depois de um  longo período onde o cinza e o frio reinaram absolutos.
Hoje muitos sairam para desenferrujar as articulações e respirar ar puro e fresco. Velhos, jovens,  crianças, enfim representantes de todas as faixas etárias deixaram suas tocas para usufruir do seu lugar ao sol.
E eu claro não podia ser exceção:). Me senti alegre e renovada, parecia criança. Queria desfrutar ao máximo esses momentos mágicos, quando  parece  que você e a natureza estão em perfeita harmonia em um cenário idílico de contos de fadas.

 ... aqui minha vizinha de mais de 80  anos enchendo os pulmões com  ar puro  e oferecendo o rosto bem vivido aos afagos do astro rei. .. ela está  andando com ajuda de um tipo de  trenó (muito usado pelos idosos... mas eu já provei e aprovei, é muito divertido) que aqui é conhecido como "spark" que literalmente significa chute, porque se usa um dos pés para dar impulso...

 
.... uma família se banhando de sol e fazendo piquenique à beira do lago congelado....

 

 
 ... euzinha preparada para enfrentar o general inverno:) que só me atrevo a encarar com a ajuda enviada por nossa  amada estrela... luz e calor (a temperatura estava em torno dos 4 graus negativos)... isso é quase verão quando comparado ao frio intenso que tem afligido a Suécia...
 

  
criando coragem para descer o morro numa espécie de esqui  que é mais para crianças...



Levei um tombo memorável, digno de um AFV (America´s funniest  home videos), pena que não estávamos com a filmadora, e a câmera fotográfica estava comigo na hora do espetáculo... e por sinal voou do meu bolso e se enterrou na neve.


 

 
Paisagens  banhadas de luz.... pinceladas de branco... recortadas contra um azul celestial.... de tirar o fôlego!

Wednesday 3 February 2010

Flores na (minha:) decoração

Minha paixão por flores é inegável. Seja no jardim ou dentro de casa, elas são presença constante ao meu redor. Sempre encontro um cantinho para dar um toque florido:). Flores de corte ou plantadas, naturais ou mesmo as artificiais, para as quais muita gente torce o nariz, todas são bem vindas aqui em casa.




É claro que as naturais são imbatíveis....
... principalmente as glamourosas  tulipas com uma gama infinita de cores e nuances ...e olha só a pose da minha gatinha , a Maxi ...

 




....aqui dividindo o espaço com lírios....




... já aqui o lírio plantado reina sozinho


... as  exóticas e elegantes orquídeas...





 ... e as românticas rosas...
  

 
 



 
... mas as artificiais  também têm seu charme e encanto...

 
... estas dão as boas vindas no hall de entrada....

 
... rosas feitas de película de madeira.... trouxe do Brasil


 
 ... as espécies silvestres também contribuem com sua singeleza e delicadeza...






 Ou seja, em qualquer época do ano as flores, de qualquer tipo,  dão sempre um toque de aconchego  criando um clima  cheio de "vida", cor e muitas vezes perfume .

Obrigada pela Visita! Volte Sempre!

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